segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Comissão de Ética da Presidência vai avaliar caso Orlando Silva

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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A Comissão de Ética Pública da Presidência vai analisar na tarde desta segunda-feira (17) as denúncias de irregularidades contra o ministro do Esporte, Orlando Silva.
O presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, disse que as acusações que envolvem Silva 'são graves', mas que o caso talvez ainda esteja "verde".
Segundo ele, é preciso verificar se há elementos que comprovem a participação do ministro num suposto esquema de desvio de recursos no Ministério do Esporte.
"Vamos tomar conhecimento no exame da conjuntura da mídia. Talvez a coisa esteja um pouco verde. [...] Acusação de suborno é sempre grave, depende de que elementos a sustentam", afirmou.
Reportagem da "Veja" deste fim de semana trouxe declarações do policial militar João Dias Ferreira, preso pela Polícia Civil de Brasília em 2010. Ferreira afirmou que o ministro teria comandando um esquema de desvio de verbas do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes. Conforme a revista, o suposto esquema teria desviado cerca de R$ 40 milhões da pasta nos últimos oito anos. O ministro nega as acusações.
"Estou vendo que há uma acusação de um cidadão, não se tem mais nada por hora. Se a comissão vai abrir ainda assim um procedimento preliminar isto será examinado na segunda parte da reunião", disse Pertence.
Palocci
Pertence afirmou que há investigações em curso na Comissão de Ética da Presiência sobre o caso do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci.
Segundo ele, na ocasião da abertura dos procedimentos, em 6 de junho, houve "divergência" entre os membros da comissão sobre se eles deveriam ser divulgadas à imprensa.
Pertence estava ausente àquela reunião, presidida pelo advogado Roberto Caldas. Na época, Caldas disse que não podia revelar se havia processo aberto na comissão em relação ao caso Palocci.
"Naquela ocasião, houve divergências, mas isso já está sanado. A comissão sempre decidiu pela divulgação", disse.
De acordo com Pertence, o caso Palocci não foi dicutido na reunião desta segunda porque o relator da matéria, ministro Humberto Gomes de Barros, está doente e não pode comparecer.
 

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