terça-feira, 18 de outubro de 2011

Soldado israelense é solto em troca de presos com Hamas


18/10/2011 8:25,  Por Redação, com Reuters- de Gaza
O soldado israelense Gilad Shalit foi libertado em meio a uma explosão de alegria nacional na terça-feira, depois de cinco anos de cativeiro, trocado por centenas de presos palestinos em um acordo com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Israel
Imagem divulgadas em 2009, quando Gilad Shalit, liberto nesta segunda, ainda estava em cativeiro
Shalit, de 25 anos, foi levado através da fronteira entre a Faixa de Gaza e a península do Sinai, do Egito, e entregue num posto de fronteira israelense, de onde foi conduzido a um helicóptero que o esperava para transportá-lo a uma base aérea israelense, onde se encontrou com seus pais.
-Senti falta de minha família-, disse Shalit, que estava magro e respirando às vezes com dificuldade, em entrevista a uma TV egípcia antes de ser entregue a Israel. A declaração à emissora foi divulgada depois de sua transferência para Israel. ”Espero que este acordo vá promover a paz entreIsrael e os palestinos”, disse ele.
Simultaneamente, Israel começou a libertar 477 presos palestinos. Testemunhas viram o primeiro grupo chegando a Gaza. Outros devem ser libertados na Cisjordânia ocupada.
Um outro grupo de 550 prisioneiros palestinos deve ser libertado ainda este ano, e cerca de 40 estão sendo enviados para o exílio na Turquia, Catar e Síria.
No primeiro vídeo de Shalit divulgado desde 2009, antes de sua libertação, imagens da televisão egípcia mostraram o soldado em trajes civis e com um boné de beisebol.
Sem sorrir e aparentando confusão, Shalit andava rapidamente escoltado por membros do Hamas, que seguravam seus braços ao retirá-lo de um veículo. As emissoras de televisão israelenses mostraram o vídeo a cada 20 minutos.
Parecia improvável que o acordo entre dois grandes inimigos tivesse um impacto imediato sobre os esforços de reviver as negociações de paz entre israelenses e palestinos. Mas o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse esperar que o acordo tenha um impacto positivo sobre o processo paralisado.
O ambiente em Israel era de júbilo, com cartazes de “bem-vindo ao lar” nas ruas e passageiros do transporte público assistindo ao vivo transmissões da troca em telefones celulares.
Shalit era visto como “o filho de todos” e pesquisas de opinião mostraram que a maioria dos israelenses apoiava o acordo mil-por-um, embora muitos dos presos libertados tivessem sido condenados por ataques que resultaram em mortes.
Para os palestinos é um momento para celebrar o que o Hamas descreveu como uma vitória, e uma recepção de heróis espera os presos libertados.
-Essa é a maior alegria para o povo palestino-, disse Azzia al-Qawasmeh, que esperava em um posto de controle na Cisjordânia por seu filho Amer, que estava na prisão havia 24 anos.
O acordo de troca de prisioneiros recebeu a luz verde da Corte Suprema israelense na noite de segunda-feira, depois de ter o tribunal rejeitado petições do público contra a libertação maciça de presos, muitos servindo penas de prisão perpétua por ataques fatais.

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